terça-feira, setembro 11, 2007
Mas que las hay, las hay
O erro de Fisk foi ter caído na armadilha de Bush-Cheney. Vamos por partes. A versão oficial sobre o 11-S é uma história breve e compacta: uns indivíduos fanáticos, munidos de x-actos e canivetes comprados no Wal-Mart, sequestraram aviões de passageiros e espetaram-nos contra as Torres Gémeas e o Pentágono; o impacto e o fogo causaram o desmoronamento dos edifícios do WTC, provocando um número elevado de mortos.Parece mais o guião de um telefilme. E talvez por isso tenha sido uma historieta tão fácil de encaixar e a sua venda inicial tenha tido tanto êxito. Mas tem um problema: há partes essenciais da história indefensáveis quando se confrontam com uma análise mais séria.
Robert Fisk já conhece as críticas mais importantes ao relato oficial. Os componentes estruturais das Torres Gémeas não podiam ser destruídas pelo impacto dos aviões e do fogo. Por isso, a velocidade da queda livre desses edifícios continua por explicar na versão oficial. Para além disso, a pulverização de milhares de toneladas de betão armado não pode dever-se só à energia cinética do derrube das torres (o balanço energético do derrube necessita de uma fonte de energia adicional para explicar a pulverização). A torre WTC-7 (de 47 andares) não recebeu impacto de nenhum avião e, no entanto, desmoronou-se de maneira inexplicável sobre a sua própria base, em queda livre, reduzindo-se a pó. As altíssimas temperaturas no espaço do derrube não podiam ter sido só o resultado do incêndio provocado pelo combustível dos aviões e outros materiais nos edifícios...
Mas Fisk deixa-se aprisionar numa pergunta perigosa: “se o relato oficial não te satisfaz, qual é então a tua história?” É aqui que muitos críticos se perdem.
É verdade que é difícil imaginar uma conspiração capaz de explicar os atentados. Essa é a principal defesa da versão oficial. Mas não é preciso especular sobre possíveis conspirações para questionar o relato oficial sobre os ataques do 11-S. Mais do que isso, é indispensável evitar cair nesse jogo de adivinhas. A única coisa a fazer é examinar a evidência e perguntar “o que é que nós sabemos e o que é que nós ignoramos?” E o que sabemos é que a versão oficial mete água por todos os lados. Isso devia ter consequências penais no Estados Unidos, mas essa é outra história. Todo o resto é, efectivamente, especulação.
Etiquetas: Estados Unidos, Terrorismo
:: enviado por JAM :: 9/11/2007 01:28:00 da tarde :: início ::
1 comentário(s):
-
Fisk deixa-nos pensativos. E que há mentes crimino-engenhosas e alianças estranhas, há!De joshua, em 11/9/07 20:01
Em Portugal, o BE e o extremismo islâmico têm hoje afinidades. Quem diria?!