quinta-feira, junho 30, 2005
As energias renováveis
As energias renováveis (eólica, solar, biomassa, geotermia, oceanos) apresentam três virtudes:
– constituem fontes de energia inesgotáveis (o que não é o caso nem das energias fósseis nem da energia nuclear);
– não contribuem para o efeito de estufa;
– permitem limitar os efeitos negativos devidos ao excesso de energia acumulado na superfície da Terra, em consequência do efeito da estufa.
A biomassa constitui certamente o principal trunfo, já que, numa altura em que a agricultura europeia é desestabilizada pelas decisões da OMC e pelas oscilações da PAC, poderíamos e deveríamos reorientá-la parcialmente para as culturas energéticas. Existem várias possibilidades de utilizar a biomassa para fins energéticos (biogás e biocombustíveis para os transportes), o que seria uma forma muito mais inteligente de apoiar a nossa agricultura, em vez de a encorajarmos a contribuir para a ruína dos agricultores dos países pobres.
Por outro lado, os esforços de implantação de parques eólicos no mar mereciam ser mais amplificados, bem como o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica que é favorecida pelo crescimento da micro-electrónica e da micro-informática e pela popularização do uso do silício.
Se as previsões do GIEC (Grupo Intergovernamental de especialistas sobre a Evolução do Clima) se confirmarem, dentro de algumas décadas, o desequilíbrio energético provocado pelo efeito de estufa tornar-se-á uma enorme preocupação. As energias renováveis serão então incontornáveis pois será absolutamente necessário compensar o efeito de estufa criado pela acumulação de gases na atmosfera.
É essencialmente por esta razão, hoje pouco importante mas amanhã determinante, que o aproveitamento e o consumo da energia recebida pela Terra deverá impulsionar o uso das energias renováveis, uma vez que elas permitem não só reduzir a nossa dependência energética mas igualmente compensar a falta do petróleo.