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sábado, fevereiro 16, 2008

Carta aberta ao Sr Procurador-Geral da República

Carta aberta ao Sr Procurador-Geral da República

Ílhavo, 11 de Fevereiro de 2008

Senhor Procurador-Geral da República

Excelência:

Temos assistido, nos últimos tempos, a uma campanha de desmoralização, desautorização e humilhação dos professores.
Esta tentativa de “diabolização” dos professores assenta em duas mentiras:
Primeira - sendo funcionários públicos são gastadores dos impostos de todos os cidadãos (como se eles os não pagassem também);
Segunda - não fazem nada, trabalham pouco, têm muitas férias e os alunos não aprendem.

Debrucemo-nos sobre a segunda porque a primeira não merece a atenção de ninguém minimamente inteligente.

A - Aposentei-me no dia 1 de Novembro do ano passado e só no dia 21 de Janeiro deste ano entrou ao serviço um novo professor para me substituir.
Isto quer dizer que as cinco turmas que eu tinha (quatro do 1º ano dos Cursos de Educação e Formação - CEF e uma do segundo ano dos mesmos cursos) estiveram mais de oito semanas sem aulas de Ciências Físico-Químicas ( quatro semanas em Novembro, duas em Dezembro e duas semanas e dois dias em Janeiro).
Isto significa que, no primeiro ano, os alunos perderam, no mínimo, 24 tempos lectivos de 45 minutos cada (três por semana) e no segundo ano perderam, no mínimo, 16 tempos lectivos de 45 minutos cada (dois por semana).
Acresce o facto de no segundo ano a parte lectiva terminar no dia 31 de Maio para os alunos entrarem em estágio no dia 1 de Junho. Como terá de ser cumprido um número fixo de horas predeterminado o novo professor terá de dar aulas na Páscoa, aos sábados e, provavelmente, também aos domingos. Afinal, os professores nem são assim tão maus já que deles até se espera que façam milagres… No fim os alunos passam na mesma e foram quase três meses de vencimento que o governo poupou.
Mas desta falta de respeito que o governo mostra pelos professores, alunos e suas famílias o povo não sabe porque não convém que saiba para não estragar a imagem de sucesso tão querida dos governantes.
Quem pede contas ao governo por mais de oito semanas de aulas perdidas e por mais de dois meses e meio para a substituição de um professor? Quem é responsável por tamanha incompetência? Em que normas, regras, procedimentos, directivas, despachos e portarias esteve retida a simples substituição de um professor? Na classificação do desempenho do governo que nota lhe seria atribuída?
B - Quando os professores começarem a exigir cumprir as 35 horas de trabalho na escola, as escolas ficarão bloqueadas.
De facto, onde está escrito no contrato de trabalho entre o governo e um professor que o seu escritório será uma extensão da escola sem que receba pagamento pelo aluguer? Onde está escrito que terá de usar o seu computador, o seu tinteiro, a sua impressora e outro material no serviço da escola?
Quando os professores começarem a exigir gabinetes para preparem aulas, corrigirem testes, computadores para planeamento de aulas e elaboração de testes e relatórios onde estará o espaço para os albergar?

C - Se a progressão dos professores na sua carreira passar a depender, também, das classificações obtidas pelos alunos, Portugal correrá o sério risco de se transformar na aberração de ser um país só de génios com um QI, no mínimo, igual ao de Einstein.
De facto, qual será o professor que correrá o risco de dizer que, dos seus alunos, cinco, três, ou mesmo um só, não conseguiram transitar de ano? Um professor, tal como qualquer outro mortal, tem uma casa para pagar e uma família para sustentar e se o governo quer que o aluno passe mesmo sem saber, assim será feito.
Cairemos, então, no poço sem fundo da maior mentira e da maior vergonha do ensino público.
Se actualmente, nos CEFs, os alunos podem fazer o que lhes apetecer porque nem as faltas disciplinares assentes em participações relatando os comportamentos impróprios dos alunos aparecem registadas nas pautas, como se nada tivesse acontecido, para que é que hão-de estar com atenção e esforçarem-se nas aulas para aprenderem e assimilarem comportamentos sociais correctos se, no final do ano, o professor irá vender a sua assinatura a troco de pão na mesa? E quem lho poderá levar a mal já que é o governo que para isso o empurra encostando-lhe a faca ao peito?

Quem quer acabar com a dignidade dos professores? Quem quer destruir o ensino público? Quem anda a brincar com os professores, os alunos e as famílias? Quem anda a hipotecar o futuro do País?
Os professores não são, de certeza.
Agradeço que mande alguém investigar.


Grato pela atenção



Domingos Freire Cardoso
Professor aposentado de Ciências Físico-Químicas
Rua José António Vidal, nº 25 C
3830 - 203 ÍLHAVO
Tel. 234 185 375 / 93 847 11 04
E-mail: dfcardos@gmail.com

:: enviado por RC :: 2/16/2008 10:26:00 da manhã :: 1 comentário(s) início ::

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

REFORMA DO ENSINO ARTÍSTICO ESPECIALIZADO

POSIÇÃO DA FENPROF


SOBRE A REFORMA DO ENSINO ARTÍSTICO ESPECIALIZADO

Seis escolas do ensino especializado da Música e uma da Dança (todas no litoral e a norte do Tejo) constituem, hoje, a totalidade da rede de ensino público nestes domínios. Já o número de escolas do ensino particular e cooperativo no sector ascende a oitenta e sete. Tal facto bastaria para revelar a (falta de) atenção que sucessivos (e alternantes) governos têm prestado ao ensino especializado das Artes no nosso país, num contexto em que a crescente procura deste tipo de ensino – por motivações as mais diversas – não encontra resposta pública adequada. Entre muitos constrangimentos, as escolas do ensino artístico especializado debatem-se, desde sempre, com os obstáculos resultantes da publicação descuidada de legislação casuística e desarticulada, instalações precárias, inexistência de planos de formação, ausência de mecanismos de recrutamento e ingresso em quadros, situações a que urge pôr termo.
Num tal ambiente de abandono, têm as escolas públicas mobilizado esforços no sentido da constante melhoria das práticas educativas, da diversidade das ofertas, da disponibilização do acesso a este tipo de ensino ao maior número possível de crianças e jovens, quer mediante a implementação de cursos de iniciação (alargando a crianças do 1º ciclo do EB a aprendizagem em ambiente educativo especializado) quer mediante a celebração de acordos de parceria com as mais variadas instituições. De realçar, também, o insubstituível papel de difusão cultural que estas escolas desempenham nas comunidades (e para além delas) em que estão implantadas, demonstrado pelas dezenas de concertos promovidos por sua iniciativa, ano após ano, dentro e fora de portas.
Na sequência da publicação de um estudo de avaliação do EAE, a actual equipa do ME tomou a iniciativa de levar a cabo um processo a que chamou de "refundação" daquela modalidade de ensino. Também neste caso, o Governo de José Sócrates procedeu da forma costumeira: nomeou um Grupo de Trabalho cuja produção é de todo desconhecida, publicou anúncios na imprensa (em espaço de publicidade paga) e confrontou as escolas (professores, alunos e encarregados de educação) com directivas concebidas sem o seu envolvimento. Daquilo que vai chegando ao nosso conhecimento, o conjunto destas directivas parece mais orientado para a redução a dimensões quase simbólicas da presença da escola pública nesta área, do que para a efectiva resolução dos problemas existentes. Revestem-se de especial gravidade as possibilidades de:
· extinção das práticas de ensino especializado a crianças do 1º ciclo do EB;
· extinção dos regimes de frequência supletivo e articulado (que, na prática, inviabilizam a frequência destas escolas por jovens que habitem e estudem fora das localidades onde funcionam as escolas do ensino especializado).
Com tais medidas, a pretexto da melhoria da qualidade do ensino ministrado, o ME propõe a redução drástica, por decreto, do número de alunos no ensino especializado público.

É, pois, num tal quadro que a FENPROF considera urgente a adopção das seguintes medidas:
1. Proceder à ampliação da rede pública de escolas de Ensino Especializado de Música através da criação, numa primeira fase, de uma escola por capital de distrito, ficando em aberto a possibilidade de nova expansão. Para a concretização desta medida poderão utilizar-se, sempre que possível, os recursos já existentes no terreno, avaliando a transformação de actuais escolas do EPC em escolas públicas.

2. Criação de redes de escolas especializadas nas outras áreas artísticas.

3. Manter os três regimes de frequência actualmente em vigor: o articulado, o supletivo e o integrado, definindo claramente as respectivas finalidades e assegurando que em todas as escolas possam conviver os três regimes.

4. Reformular Planos de Estudo e Programas nas diversas disciplinas do ensino especializado.

5. Solucionar os problemas laborais específicos dos docentes do Ensino Artístico Especializado com as seguintes medidas:

· no ensino público,

i. procedendo à aplicação imediata da Resolução nº 17/2006, de 17 de Março, da Assembleia da República, que recomenda a promoção de medidas adequadas tendentes à integração em lugar de quadro dos docentes de técnicas especiais contratados com 10 ou mais anos de serviço.

ii. promovendo a apresentação de propostas concretas, a negociação e publicação de legislação que estabeleça critérios para a constituição dos quadros dos estabelecimentos de ensino artístico especializado, bem como a implementação de processos para que se proceda, em cada uma das escolas, à integração do pessoal docente em exercício;

· no ensino particular e cooperativo

i. fiscalizando as situações contratuais e penalizar as situações de flagrante ilegalidade (recibos verdes, contratos ilegais, etc.),

ii. condicionando a celebração de contratos de patrocínio à observância da Lei no que respeita às condições contratuais e de prestação de serviço docente.

6. Definir as condições de articulação entre os vários níveis de ensino, principalmente entre o ensino especializado de nível secundário e o ensino superior especializado;

7. Proceder a uma avaliação do actual quadro legal regulamentador do ensino artístico especializado e clarificar, na lei, o enquadramento deste tipo de ensino;

8. Generalizar, no âmbito do ensino público, o acesso ao ensino especializado da música e da dança (bem como das outras formas de interpretação e expressão artística) aos alunos do 1º ciclo do ensino básico;


Tendo em conta o estabelecimento de uma estratégia para a consagração destas exigências, o Secretariado Nacional da FENPROF decide pedir uma reunião ao Ministério da Educação na qual serão apresentadas as prioridades definidas pela Federação num quadro de enorme carência (ou equívoco) de iniciativa política e apresentar propostas concretas para tirar o ensino artístico deste impasse.

A FENPROF e os seus Sindicatos prosseguirão a realização de reuniões com os docentes com vista à construção de outras propostas e do estudo de linhas de intervenção, num trabalho que deverá culminar na realização de uma iniciativa nacional, junto da opinião pública, ainda este ano lectivo, de denúncia da situação vivida desde há muito neste sector de Ensino.

A FENPROF apoia todas as iniciativas de professores ou de escolas que visem a dignificação do Ensino Artístico Especializado e o abandono pelo Ministério da Educação dos pressupostos errados em que pretende fundamentar a sua Reforma.

O Secretariado Nacional

:: enviado por RC :: 2/13/2008 02:41:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sexta-feira, novembro 02, 2007

News of Europe/Gazette de Bruxelles/Brüssel Zeitung, 2 de Novembro 2015

Manifestação em Portugal contra Directiva Europeia

Uma manifestação na cidade do Porto, em Portugal, reuniu alguns milhares de pessoas contra a recente proibição de venda de francesinhas, comida típica da região.
O painel científico dos riscos biológicos da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA) adoptou, em 18 de Junho de 2015, um parecer “sobre a avaliação quantitativa do risco de doenças hepáticas para os seres humanos colocado pela ingestão, em simultâneo, de carne, queijo, salsicha, fiambre, pão, leite, piri-piri, linguiça, polpa de tomate, cerveja e maizena, relativamente ao risco residual de doenças hepáticas.” Tendo concluído por “um aumento residual da infectividade hepática mais elevada em comparação com o nível de segurança exigido nos termos da secção XIV do anexo IV do Regulamento (CE) n° 3529/2012.”. Em consequência, a Comissão aprovou um Regulamento (n° 7487/2015) interditando a venda ao público deste tipo de alimentos.
Na semana passada, através de um comunicado da comissária para a saúde, a romena Delia, a Comissão Europeia ameaçou o Governo português com um processo no Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias no caso de as célebres francesinhas continuarem a ser vendidas ao público, como parece ser o caso nalguns estabelecimentos da cidade do Porto.
A Comissária Delia, em declarações a um jornal português, desvalorizou a manifestação como não sendo significativa – “o que são alguns milhares de pessoas descontentes comparadas com 500 milhões de europeus?” – e as acusações de terem sido as suas posições radicais sobre a saúde que levaram à sua demissão do governo romeno. “Com a saúde não se brinca”, declarou.
O Governo português, pela voz do primeiro-ministro Santana Lopes, declarou pouco poder fazer uma vez que se trata de legislação comunitária a que o país tem que obedecer. “O tempo em que os países decidiam estas coisas sozinhos já acabou e as pessoas têm que se mentalizar disso. De qualquer maneira, vou pedir à Sra. Ministra das Relações Europeias [Cinha Jardim] para convidar a Comissária romena a uma visita à região do Porto a fim de a sensibilizar para o problema.”, disse ainda o primeiro-ministro português.
Instado a comentar o assunto, José Sócrates agora representante da UE no conselho de segurança da ONU e antigo primeiro-ministro português, declarou não querer comentar o assunto. Perante a insistência dos jornalistas que o abordaram no final de um jogging no Central Park, declarou: “Sou representante da EU, não posso imiscuir-me em assuntos regionais internos”. Também Durão Barroso, Alto Representante da UE para a adesão da Bielorrússia e da Moldávia, não quis prestar declarações. Por outro lado, Tony Blair, presidente em exercício da Comissão Europeia, declarou: “Tenho muita simpatia pelo povo do Porto e até já lá comi uma francesinha mas não podemos negligenciar a saúde das pessoas. Havendo provas substanciais de que é prejudicial para a saúde, há que tomar medidas. A prova é que a francesinha que lá comi até me caiu muito mal no estômago. Passei a noite na casa de banho”. disse, sorrindo.
Como se sabe, Portugal não tem neste momento Comissário Europeu devido à rotatividade dos Comissários consagrada no Tratado Europeu. Os interesses do país são representados pelo Comissário espanhol que se recusou a fazer qualquer comentário.


Continua a polémica das touradas

A polémica sobre as touradas parece não ter ainda terminado. Dois anos depois da proibição de tais eventos no espaço europeu, continuam a realizar-se touradas em Espanha. A última de que há notícia teve lugar, este fim-de-semana, em Málaga perante a passividade das autoridades. O Governo espanhol prometeu mais uma vez à Comissão Europeia uma actuação forte no sentido de acabar de vez com este tipo de manifestações e decidiu promover um inquérito à actuação das forças policiais em Malaga.
Recorde-se que o Governo espanhol, ao invés dos governos português e francês, se tem recusado a demolir as praças de touros em nome da preservação do património arquitectónico. Círculos comunitários criticaram o governo espanhol pela aparente falta de vontade politica em impedir a realização de touradas e temem que este inquérito tenha o mesmo destino que os anteriores, ou seja, o arquivamento por falta de provas.


Davidic, primeiro “estrangeiro” numa selecção

O futebolista croata Davidic é o primeiro cidadão europeu a beneficiar da directiva europeia sobre as representações desportivas nacionais ao ter actuado no passado fim-de-semana pela selecção alemã de futebol no jogo contra a Itália, a contar para quartos de final do Campeonato da UE. Graças a esta nova Directiva, que entrou em vigor há cerca de duas semanas, Davidic pôde ser integrado na selecção alemã de futebol mantendo a sua nacionalidade croata e apenas três meses depois de ter fixado residência na Alemanha. Espera-se que, com este primeiro passo, o exemplo se generalize e que a noção de cidadão nacional de um estado membro seja, de uma vez por todas, substituída pela noção de cidadão europeu.
Lamentavelmente, a grande maioria das Federações internacionais de desporto – FIFA incluída – ainda não deram qualquer resposta ao pedido da Comissão Europeia para a participação de uma selecção da UE nas suas competições. Segundo a CE, esta selecção deveria substituir as equipas nacionais dos Estados membros nas competições internacionais, de forma a evitar a rivalidade e a competição entre os povos da Europa.
Recorde-se que a Federação Internacional de Atletismo já aceitou que, nos próximos Jogos Olímpicos, a UE seja representada por três atletas europeus em cada modalidade. Todavia, ainda está por esclarecer se também haverá representações nacionais.

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:: enviado por U18 Team :: 11/02/2007 01:46:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

terça-feira, setembro 11, 2007

Mas que las hay, las hay

O erro de Fisk foi ter caído na armadilha de Bush-Cheney. Vamos por partes. A versão oficial sobre o 11-S é uma história breve e compacta: uns indivíduos fanáticos, munidos de x-actos e canivetes comprados no Wal-Mart, sequestraram aviões de passageiros e espetaram-nos contra as Torres Gémeas e o Pentágono; o impacto e o fogo causaram o desmoronamento dos edifícios do WTC, provocando um número elevado de mortos.
Parece mais o guião de um telefilme. E talvez por isso tenha sido uma historieta tão fácil de encaixar e a sua venda inicial tenha tido tanto êxito. Mas tem um problema: há partes essenciais da história indefensáveis quando se confrontam com uma análise mais séria.
Robert Fisk já conhece as críticas mais importantes ao relato oficial. Os componentes estruturais das Torres Gémeas não podiam ser destruídas pelo impacto dos aviões e do fogo. Por isso, a velocidade da queda livre desses edifícios continua por explicar na versão oficial. Para além disso, a pulverização de milhares de toneladas de betão armado não pode dever-se só à energia cinética do derrube das torres (o balanço energético do derrube necessita de uma fonte de energia adicional para explicar a pulverização). A torre WTC-7 (de 47 andares) não recebeu impacto de nenhum avião e, no entanto, desmoronou-se de maneira inexplicável sobre a sua própria base, em queda livre, reduzindo-se a pó. As altíssimas temperaturas no espaço do derrube não podiam ter sido só o resultado do incêndio provocado pelo combustível dos aviões e outros materiais nos edifícios...
Mas Fisk deixa-se aprisionar numa pergunta perigosa: “se o relato oficial não te satisfaz, qual é então a tua história?” É aqui que muitos críticos se perdem.
É verdade que é difícil imaginar uma conspiração capaz de explicar os atentados. Essa é a principal defesa da versão oficial. Mas não é preciso especular sobre possíveis conspirações para questionar o relato oficial sobre os ataques do 11-S. Mais do que isso, é indispensável evitar cair nesse jogo de adivinhas. A única coisa a fazer é examinar a evidência e perguntar “o que é que nós sabemos e o que é que nós ignoramos?” E o que sabemos é que a versão oficial mete água por todos os lados. Isso devia ter consequências penais no Estados Unidos, mas essa é outra história. Todo o resto é, efectivamente, especulação.

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:: enviado por JAM :: 9/11/2007 01:28:00 da tarde :: 1 comentário(s) início ::

domingo, julho 22, 2007

Moita Flores II

Exmº Senhor Presidente
Da Comissão de Ética
Da Assembleia da República
Deputado José Correia

Santarém, 16 de Abril de 2007

N/Ref.

Desculpe-me antecipadamente V.Ex.ª vir incomodá-lo como um problema aparentemente sem importância, uma espécie de barba mal feita, e que sendo um problema formal me dirija a V.Exª com tão pouca formalidade.
Imagine um sapato de verniz com uma pequena esfoliação no calcanhar. É esse o problema que venho expôr. O sapato sou eu, e presidente da câmara de Santarém é sapato gasto, endividado e sem grande margem de manobra para lhes reforçar os contrafortes ou deitar-lhes meias solas. O verniz uma deputada vossa, agora ilustre secretária de Estado e que responde pela graça de D.Idália Moniz.
Aliás, deve dizer em nome da arte de fazer política, que a senhora D.Idália foi excelsa vereadora desta autarquia e contribuiu alegremente para a ruína do meu sapato. Vereadora da cultura, diga-se, cargo que ocupou com grande zelo e discrição até ao dia que um chamamento divino lhe revelou a sua vocação para a Reabilitação e foi reabilitar para o governo.
Até aqui nada a apontar. Sei que são poucos os chamados mas raros os escolhidos. D. Idália respondeu ao chamamento e aceitou o apelo divino e eis que aí está para nosso grande conforto a secretariar o Estado com grande determinação e loquacidade.
Feita a apresentação, devo agora pedir o esclarecimento que, por não saber mais a quem me dirigir, submeto a V.Exª.
A nossa respeitável Secretária de Estado vive no concelho de Santarém e bastas vezes intervém aqui de forma pública. Até é deputada municipal, coisa que diga-se de passagem pouco frequenta. Confesso que me dá algum prazer vê-la por cá pois que até gosto da senhora e pessoalmente acho-a gentil e afectuosa.
Mas é raro encontrar a pessoa de quem gosto. Apresenta-se invariavelmente a Secretária de Estado, austero, divina. Bom, eu disse divina e com alguma base de convicção. É que a senhora passa por cima, julgo eu, das leis da República, e impõe de forma categórica a sua presença qual Diana enviada para caçar em nome de Zeus.


Chegados aqui, chegamos ao sapato e ao verniz. A Lei nº 40/2006 de 25 de Agosto, sobre o Protocolo do Estado, garante no seu artº 31 que no seu concelho, o presidente da câmara tem estatuto de ministro para as cerimónias públicas que aqui ocorrem. Mas a senhora no seu furor de secretariar o Estado, sobretudo em juntas de freguesia da sua cor política, teima que não (até já levei um raspanete por ter ousado dizer que era de outra forma), e que não, e porta-se como rainha a quem todos têm de prestar alvíssaras.
Pessoalmente não sou pessoa para me incomodar esta leitura napoleónica do poder. Quer presidir? Presida. Quer aspergir-nos a todos com a sua sabedoria reabilitada? Baixo a minha humilde careca perante o brilho solar que irradia da sua figura.
Mas também percebi que estas entradas de leão com saídas de deusa trazem água no bico. No meu entendimento violam a lei. Uma lei da República publicada durante o augusto governo a que pertence a augusta personagem. E das duas, uma. Ou a senhora Secretária de Estado não conhece a lei e é coisa grave. Ou conhecendo-a, não lhe liga puto, o que não é menos grave. A verdade é que tudo isto, sob a aparência de servir o Estado tem outras consignações. Reorganizar o seu partido desfeito com a última derrota eleitoral, amesquinhar o presidente da Câmara de Santarém, usar um bom sapato de verniz à custa dos sapatos remendões do desgraçado autarca crivado com as dívidas que a augusta personagem ajudou a construir.
Já percebeu V.Exª que esta carta não serve para repor honras espezinhadas porque a pessoa do presidente da Câmara, cuja vida é ser escritor, até se diverte e vai registando para memória futura estas atitudes que Eça de Queirós gostaria de ter conhecido. Mas o presidente da Câmara de Santarém não acha graça a que se violem leis da República, até porque é um dos seus garantes, e também não consegue aplaudir, como a pessoa do presidente aplaude, estas manifestações corriqueiras, narcísicas e petulantes de exercer o poder. Secretariar o Estado, na minha modesta opinião, não passa por este folclore de vaidades onde se esgotam personagens para melhores palcos.
Em Dezembro escrevi à senhora Secretária de Estado explicando-lha a lei que a sua maioria aprovou. Não ligou e acho que fez bem. Como pode senhora tão sobrecarregada com a arte de reabilitar preocupar-se com o afã de um presidente de câmara zeloso por fazer cumprir uma lei da República? Voltou à carga. E assim, aqui estou a pedir esclarecimentos a V.Exª.
1. O Artº 31º da Lei 40/2006 está revogado?
2. O Artº 31º não se aplica a Secretários de Estado que vivem no concelho?
3. O artº 31º é só para fazer de conta?
Esta pergunta é apenas para confirmar porque, quando aqui esteve Sua Excelência o Senhor Presidente da República, percebi que o Protocolo de Estado se cumpre.
4. Existe alguma legislação especial para o caso da Secretária de Estado da Reabilitação?
5. Estou enganado na interpretação da lei?
Ajude-me V.Exª. Sei que tenho os sapatos sujos e rotos, sem dinheiro para os mandar consertar e é sempre com alegria que vejo os sapatos de verniz da nossa augusta governante. Mas não sei se devo aceitar que me espezinhe. Se for em nome da República e como ajuda a resolver o défice, eu próprio me oferecerei para servir de passadeira, deixando que os brilhantes saltos se cravem nas minhas costas. Se é um mero exercício de vaidade pessoal, pesporrência política e orgulho narcísico, tenho mais que fazer do que aturar esta procissão de vaidades.
Ajude-me a esclarecer esta dúvida existencial. Se para mim a República é um bem absoluto, também é verdade que reconheço que perante esta enviada dos deuses haja bens terrenos que têm se ser sacrificados e disponho-me já a ser mártir da República para servir o verniz da senhora Secretária de Estado.

Creia-me com consideração


(Francisco Moita Flores)

PS: Como este conflito de vãs vaidades é suculento e é revelador de uma moral política extraordinária, informo V.Exª que darei voz pública à carta que vos envio, assim como à carta que em Dezembro enviei à senhora Secretária de Estado.

:: enviado por RC :: 7/22/2007 12:58:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

Moita Flores I

Exmª Senhora

Secretária de Estado da Reabilitação

D.Idália Moniz


Depois do nosso encontro em Amiais de Baixo, no passado dia 16, e do sibilino conselho que V.Exª me murmurou na hora da despedida, acorri apressado, num misto de ansiedade e desvanecimento, à procura da Lei do Protocolo de Estado. Não era caso para menos. Eu ousara declarar que, por gentileza, deixava V.Exª fechar a sessão em que nos encontrávamos e era óbvio o meu gesto cavalheiro pois pertencia ao Presidente da Câmara Municipal de Santarém. Mas depois do discreto e merecido raspanete, reconheço que saí de Amiais com o coração em sobressalto, coração apertado de penitências, voz embargada de vergonha pois, mais uma vez, este ‘Presidente atípico’ como V.Exª certeiramente me catalogou depois de uma das minhas ‘gaffes’ à entrada, teria terminado em glória com mais ‘atipicidade’ à saída.
Sobravam-me quilómetros até ao canto onde arrumo, com cautela de santuário, as leis do Estado. Era grande a aflição, confesso, e saltei sobre a invocada, bem impressa no nosso ilustradíssimo Diário da República e li. Ou melhor, reli pois que fizera em tão precioso documento uma lavadela de olhos logo quando fora publicada.
Soaram-me sinos nos sentidos. A nossa bem amada Lei nº 40/2006 de 25 de Agosto mostrava, num formalíssimo e severíssimo protocolo who is who a galeria social do Estado. E lá estava, logo a abrir a primeira decepção. Os nossos tão aplaudidos Secretários de Estado remetidos para uma ignóbil 20ª posição e os Presidentes de Câmara atirados confortavelmente para o 41º lugar da tabela de classificação por pontos. E digo confortavelmente, pois é posição que permite a autarca menos escrupuloso com as formalidades do Estado, sair discretamente durante uma cerimónia enfadonha e ir até ao jardim fumar o seu cigarrito e tornar a entrar para o seu discreto 41º lugar sem que alguém dê pela sua falta.


Ora dizia eu que reli a lei e a minha alma exultou. Não me espalhara outra vez. V.Exª sabe, muitos dos meus amigos chamam-me a atenção, e com razão, para o facto de eu entender o Protocolo de Estado como um problema de sapato e de verniz. E se me aplaudem por dar muita importância ao sapato, não deixam de reparar que me preocupo pouco com o verniz. Reconheço que sou filho de más leituras. A severidade de Camilo ou de Eça para o excesso de verniz da classe política, pouco preocupada com o feitio do sapato, foi herança que me desnorteou os cromossomas e bem me penitencio de tanta distracção. Mas enfim! Agora que reli fico com a consoladora certeza que, por esta vez, em terras de Amiais de Baixo, este vosso humilde servo foi, não só gentil, mas respeitador da Lei do Verniz. É que existe um maçador artº 31, nº 1, que coloca, no seu município, o presidente da câmara numa posição que diria, tonitruante. Preside a tudo, Santo Deus! E só lhe ganha a palma Presidente da República, Presidente da Assembleia da República, Primeiro Ministro e, se for fora dos Paços do Concelho, qualquer ministro. Nem uma palavra para Secretários de Estado! Nem um mero afago, um simples carinho. Nada!
Se cominarmos esse antipático artº 31 com o pretensioso artº 33 , então Secretário de Estado tem lugar depois dos nossos bons Presidentes de Junta tomarem assento. Uma injustiça, afirmo eu. Um verdadeiro agravo à brilhante sonoridade que justamente submete quem ouve o título de Secretário de Estado. Não fosse V.Exª uma brilhante Secretária de Estado e não desistiria de a exortar a mobilizar os seus colegas de titulatura para greve reivindicativa contra si própria, ou melhor dizendo, contra o seu inestimável governo.
Não posso dissertar mais sobre esta matéria porque uma outra inquietação me assalta. A minha primeira leitura, e a recente leitura, da Lei do Verniz associada ao discreto raspanete que V.Exª me pregou, com elegância é certo, me conduz a uma terrível descoberta: V.Exª não conhece as leis produzidas pela Assembleia da República que a elegeu! Que fez de V.Exª competente Secretária de Estado! Que deu a V.Exª o rápido brilho que tantos camaradas seus procuram em vão há tanto tempo!
Já se percebeu, com certeza que V.Exª percebeu, que sendo o actual Presidente de Câmara Municipal de Santarém, pessoa pouco dada a essas sublimidades mundanas que não vou fazer do meu obscuro, mas rigoroso, conhecimento da Lei do Verniz uma bandeira de luta pelo bem do nosso concelho. Nem tão pouco essa Lei resolverá o buraco financeiro que o executivo camarário, que teve a honrosa presença de V.Exª, deixou aos vindouros como herança. E para continuar a ser elegante, afasto como se afasta Belzebu, a flatulenta ideia de enviar a um Secretário de Estado cópia da Lei do seu mandato só pelo reles motivo de a desconhecer.
Eu até acho bem que os Secretários de Estado desconheçam as leis que produzem os seus governos e parlamentos. Deixa-lhes o espírito mais livre para as grandiosas tarefas que quotidianamente carregam sobre os ombros, nomeadamente para algum verniz nos gestos e actos.. E V. Exª com uma Secretaria de Estado tão difícil, que obriga a produção de sapato em abundância faz bem em deixar a minudência do verniz para um pobre autarca.
Por esta mesma razão, venho informar V.Exª que a partir de agora vou encarregar-me dessa vulgaridade que os meus amigos me censuram de desleixar. Produza V.Exª os sapatos que do verniz tratarei com gosto e prazer em servi-la.
Confesso que é sacrifício. Sacrifício pessoal, entenda-se. Prefiro mil vezes ver um Secretário de Estado a adornar uma bela mesa, enfeitada de apoiantes e profissionais da política, com um apontamento de flores no centro, uns quantos pacotes de manteiga, mais alguns salgados a condizer, e gravatas distintas, soberbas, do que ser forçado a impor o meu rebelde temperamento a tão augustas personagens, incluindo o pacote de manteiga. Mas se nada valho entre estrelas, querubins e safiras, tenho certeza certa que o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, cidade e concelho de prestígio, vai definitivamente ocupar o lugar a que tem direito, por respeito ao augusto Governo de V.Exª e informar os Presidentes de Junta das suas responsabilidades formais. Com grande desgosto meu. Mas seguramente aliviando V.Exª do pesado fardo dos protocolos que desconhece mas com bom proveito para o nobre ofício de secretariar o Estado.


Creia-me com amizade bem disposta e consideração alegre

Com os melhores cumprimentos

O Cidadão


(Francisco Moita Flores)

:: enviado por RC :: 7/22/2007 12:57:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

sábado, julho 14, 2007

Milú


:: enviado por RC :: 7/14/2007 01:01:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::

quarta-feira, julho 11, 2007

Briteiros Viagens - Açores

Como as férias estão a chegar, aproveito para abrir o suplemento Briteiros Viagens que não pretende ser guia de coisa nenhuma mas apenas uma visão pessoal sobre o antes e o depois dos lugares que visitamos. No fim do post perceberão que a iniciativa não é altruísta.
Este ano, não sei se por influência dos 5 minutos que vi da telenovela da TVI ou por já conhecer um pouco, um impulso qualquer levou-me a arrastar a família para os Açores. Apesar dos protestos da miudagem, pensei que sempre seria melhor do que acompanhar os meus compatriotas construtores civis para Porto Seguro, para Pipa ou Punta Cana ou mesmo para o cimento do Algarve. Marquei rapidamente a viagem para o fim deste mês e foi então que comecei a ter algumas dúvidas.
O problema é que já estive uma vez nos Açores. Quer dizer, não sei se é um problema mas quando lá estive, há uma boa dezena de anos, foi em trabalho e, para além das obrigações profissionais terem deixado pouco espaço para o turismo, lembro-me de que choveu todos os dias - apanhei a maior carga de água que alguma vez vi na vida com inundações, mortos, desalojados, estradas e pontes destruídas – o nevoeiro não me deixou ver quase nada e, pior do que tudo, a terra tremia que se fartava. Nada de dramático, uns estremeções que os locais já nem notam, mas estremecia. Segundo as estatísticas, há 6000 sismos nos Açores dos quais 600 são um bocadinho mais do que uma vibração o que, pelas minhas contas, me dá uma probabilidade de 3% para apanhar com uma coisa jeitosa. Não é muito, dirão. Discordo. Acho muito pouca piada a que a terra se mexa debaixo dos meus pés. Por isso não gosto de barcos e o avião só mesmo quando não há outro meio para me deslocar (o que para ir aos Açores deixa poucas alternativas). No caso da terra ainda é pior porque considero que a terra é composta por sólidos que, por definição, não têm nada que se mexer sozinhos. Se é para passar o tempo agarrado às paredes, antes ficar em casa.
Com estes pensamentos a ameaçarem estragar-me as férias, resolvi fazer um Google “Açores + clima” seguido de “Açores + sismos”. Com o primeiro fui parar à Wikipédia para ficar a saber que “arquipélago dos Açores é visitado com frequência por ciclones de origem tropical, muitas vezes assumindo força de furacão” e que são comuns no mês de Agosto (É à justa). Vi ainda este mapa de previsões do Instituto Meteorológico e mesmo um leigo como eu é capaz de perceber que a coisa não promete nada de bom. Já um pouco assustado mas tendo em mente que na Wikipédia está quase tudo errado e que os meteorologistas só sabem fazer previsões para daqui a 50 anos, lembrei-me do que dizia um colega açoriano: chove todos os dias mas chove “no maar”. Sendo assim, pensei, apenas tive azar quando lá estive e choveu em terra que se fartou. Como a única vez que conto ir ao mar é para ir ver os cachalotes, a chuva não será problema já que os bichos também atiram com água que se fartam e mais água menos água…
Mais preocupante é a história dos sismos. Com o Google fui parar a esta página. Se repararem bem nos mapas, não há um único sitio que não tenha um pontinho preto correspondente a um sismo. Aquilo não são mapas, são borrões. E o sismograma parece as ondas sonoras do Marco Paulo a cantar “Anarchy in the UK”.
Isto significa que, em praticamente qualquer lado onde ponha os pés, já houve um sismo. Pequeno, grande ou enorme. Tentei, então, descobrir qual a probabilidade da repetição de sismos com epicentro exactamente no mesmo lugar. Parece que a probabilidade é pequena o que me permite organizar a viagem de maneira a passar sempre pelos pontos negros pequeninos e evitar estar por cima do epicentro de algo “em grande”.
Para além de terem uma média de 20 sismos por dia, há ainda pior: os Açores têm vulcões. Só que não são vulcões como o Etna ou o Vesúvio que estão sossegados ou os vulcões maricas da Auvergne francesa que não mandam um calhau cá para fora há milhares de anos. Os Açores têm vulcões que estão vivos e que, a qualquer instante, podem fazer com que fiquemos para a posteridade nas mesmas posições que os cidadãos de Pompeia. Como se isto não bastasse, há mais vulcões nos Açores que jogadores na lista de compras do Benfica deste Verão.
Quando estive em S. Miguel, devido à chuva e ao nevoeiro, o único vulcão que consegui ver dá pelo nome de Sete Cidades e é uma dessas paisagens que nos deixam os olhos lavados durante anos. Como não há bela sem senão, segundo as pessoas que estudam estas coisas, debaixo daquela beleza toda e no fundo da placidez daquele lago, há um inferno em ebulição que a qualquer momento pode atirar para cima do viajante incauto toneladas de magma incandescente mais toda a água que por ali se acumulou. Convenhamos que não deve ser muito agradável.
Ainda mais inquieto, lancei o Google “Açores + serpentes venenosas” que não deu nada e “Açores + aquecimento global” só anuncia catástrofes lá para 2050 (entretanto, espero que a TAP já me tenha conseguido trazer). Também o “Açores + terrorismo” só indica ligações para os voos da CIA, o que não me preocupa muito porque não tenho nenhum voo marcado nessa companhia.
Do que me lembro, os Açores são uma terra de paisagens formidáveis, de gente ainda mais formidável, de milhões de vacas e de comida boa. Apesar do que encontrei na Net, creio que vale a pena o risco e, se os vulcões se mantiverem quietos e a terra não mexer mais do que o habitual, cá estarei para contar como foi.
Quem tenha tido paciência para chegar até aqui é porque também gosta dos Açores. Por isso, estou agora à vontade para formular o que não tive coragem de colocar no início: se alguém tiver sugestões onde se pode comer bem, onde a terra não trema quando nos apresentam a conta e onde a comida tenha a magia de uma erupção vulcânica, faça o favor de me instruir.


:: enviado por U18 Team :: 7/11/2007 04:23:00 da tarde :: 0 comentário(s) início ::