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sexta-feira, outubro 22, 2004

Urbano II e a Era das Cruzadas

Urbano II entrou em Roma graças à diplomacia, mas também por meio de batalhas, onde as suas tropas enfrentaram as do antipapa, por três dias, até as derrotar, possibilitando a sua entrada na Basílica de São Pedro. Desta forma manteve o seu prestígio para com os príncipes europeus, principalmente os ibéricos, e em particular o rei de França, Filipe I, que havia sido excomungado por adultério e se reconciliou com a Igreja em 1095.

Ainda em 1095, convocou os bispos para um concílio, no qual, entre outras coisas, declarou inválidas as ordenações realizadas por eclesiásticos simoníacos. No seu trabalho de reforma, trabalhou para reunir as duas Igrejas, a ortodoxa e a católica, estabelecendo contactos com o patriarcado e a corte Bizantina. Alexus I, imperador bizantino, enviou diplomatas pedirem a ajuda de Roma contra os turcos, que constituíam uma séria ameaça a Constantinopla.

Urbano II convocou um sínodo, encontro de bispos, que se reuniu em Clermont, em outubro de 1095, para discutir, entre outros factos, o apoio à igreja do Oriente. Muitos nobres estavam presentes no sínodo e ficou definido que um exército, composto de cavaleiros e homens a pé, deveria dirigir-se a Jerusalém, para salvá-la e auxiliar as igrejas da Ásia contra os sarracenos.

As pessoas que participassem nesta cruzada, receberiam a indulgência plenária e o perdão de todos os seus pecados e respectivas consequências. A data marcada para o início da libertação de Jerusalém foi 15 de outubro de 1096.

Muitos haviam pedido ao papa que conduzisse a cruzada pessoalmente, mas ele designou Ademar, bispo de Le Puy, para difundir a ideia da cruzada, enviando cartas aos bispos e clérigos de toda a Europa, para que ficassem sabendo das pretensões de libertar a cidade onde Cristo havia pregado e sofrido o seu martírio.

No entanto, Urbano II não pode participar nos acontecimentos que havia preparado com tanto esmero, pois faleceu poucos dias após a tomada de Jerusalém pelos cruzados (26 de julho de 1099) não tendo recebido a notícia da seu tomada. Foi sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, perto da tumba de Adriano. Urbano II é venerado pela Igreja Católica, como beato.

© Reinaldo Batista Cordova, in www.nethistoria.com

:: enviado por JAM :: 10/22/2004 09:57:00 da manhã :: início ::
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